Artistas de Itabuna arregaçam as mangas
e tem projetos culturais relativamente baratos, com os quais pretendem resgatar um pedaço da memória grapiúna. Ao mesmo tempo querem mostrar que, para fazer cultura, não é preciso grandes investimentos. Basta querer fazer, ter boa vontade, ousadia e criatividade.
Um desses projetos é o Galpão Cultural Casa de Jorge Amado, de autoria do produtor cultural Ari Gonçalves. O projeto já existe há mais de cinco anos e só não foi implantado antes porque faltou o apoio do poder público.
Hoje o que era uma proposta em papel ganha corpo e espaço. O Galpão será implantado no mesmo local onde o escritor Jorge Amado viveu parte de sua infância, em Ferradas. A casa não existe mais, no local apenas mato e entulho, mas foi cedida à Acate – Associação Cultural Amigos do Teatro.
Ela pretende inaugurar o espaço até o final deste mês, com ajuda dos artistas da Associação Comunitária de Cultura e Cidadania de Ferradas, que estão dando apoio para a implantação do que, até pouco tempo atrás, era apenas um grande sonho da comunidade.
Segundo Ari, a casa que foi do escritor será reproduzida de acordo com o original e nos cômodos, ao invés de móveis convencionais, haverá um pouco de tudo que lembra arte, cultura e literatura, como biblioteca, o Museu do Cacau, um teatro para 152 pessoas, cinema e sala de vídeos.
As obras na casa estão bastante aceleradas e vem sendo acompanhas pelos diretores da Acate. O espaço vai abrigar obras de importantes autores regionais, mas o foco será para Jorge Amado.
Biblioteca
O sociólogo Agenor Gasparetto (na foto com Eva LIma), que acredita na seriedade do projeto, saiu na frente ao doar à futura biblioteca cerca de 200 livros editados pela Via Litterarum. A expectativa da coordenadora, Eva Lima, é colocar à disposição mais de mil livros até o dia 29 deste mês.
Dentro do programa de inauguração, no mesmo dia 29, será realizado o XI Mercado Cultural, promovido pelo Instituto Casa Via Magia com apoio das associações de artistas locais. Além disso, haverá um workshop com os músicos Chris Combette e Papa Zom da Martinica (Guiana Francesa).
Quando se trata de importantes nomes da literatura, teatro e musica de qualidade, Ari Gonçalves se empolga. Ele conta que Cris Combette é considerado um dos melhores cantores de world music da atualidade.
“Ele produz uma música que rompe fronteiras e estilos, do reggae ao jazz, passando por zouk, samba e bossa nova. E olhe que essa é só uma mostra do que pretendemos fazer no setor cultural em Itabuna”.
Fonte: A Região online
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